O pensamento depressivo geralmente apresenta distorções cognitivas. Ele distorce a percepção da realidade, a memória e o raciocínio. Ele faz com que a pessoa tenha uma concepção errada acerca de si mesma. Abaixo, listaremos cinco erros comuns no pensamento depressivo:
1) Interferência arbitrária: são pensamentos subjetivos sem evidências objetivas adequadas. Geralmente, são produzidas por erros nos processos dedutivos e inferenciais do pensamento. Por exemplo, uma mulher tem ciúmes doentios por seu cônjuge atual, por ter sido traída no passado. No entanto, esse ciúme atual é baseado em inferências erradas sob influência do passado traumático.
2) Personalização: são pensamentos egocêntricos distorcidos no qual a pessoa realiza inferências e deduções centradas no “eu”. Por exemplo, um pai se sente culpado pela filha usar drogas, como se ele fosse responsável por tudo. No caso, ele não reconhecer o livre-arbítrio da filha, as influências de terceiros e da sociedade.
3) Abstração seletiva: são pensamentos distorcidos no qual a pessoa busca apenas confirmar as suas ideias, abstendo-se de evidências opostas. Por exemplo, um jovem de esquerda estuda apenas textos marxistas, achando que o comunismo é um modelo de sociedade. Assim, ele se afasta das pessoas de direita, que falam dos genocídios e campos de concentração soviéticos.
4) Supergeneralização: são pensamentos distorcidos no qual a pessoa realiza inferências e deduções para além das evidências factuais. Por exemplo, uma jovem feminista tem algumas experiências desagradáveis com alguns namorados, por serem machistas. A partir disso, ela generaliza que todos os homens são igualmente machistas.
5) Magnificação/minimização: são pensamentos distorcidos no qual a pessoa supervaloriza os aspectos negativos e subvaloriza os positivos. Por exemplo, a mãe exagera ao perceber a filha como preguiçosa, pelo fato dela não querer fazer vestibular para medicina. Ao mesmo tempo, a mãe subvaloriza as qualidades da filha, como ser trabalhadora, educada e prestativa.
O pensamento depressivo é, semiologicamente, mais importante do que os próprios sintomas do humor triste. Ao contrário do que muito pensam, os medicamentos psiquiátricos não curam a depressão. Por isso, a psicologia é uma importante ciência, que atua nas causas da depressão.
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