A Terapia do Esquema online é um excelente tratamento para autossabotagem e procrastinação. Ela faz parte da Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC). A TCC é uma das áreas mais eficientes, técnicas e científicas da psicologia. A tendência dos esquemas desadaptativos remotos é aderirem a personalidade com o passar dos anos. Não perca a oportunidade de tratar sua autossabotagem e procrastinação no WAF Psicologia: Atendimento Online (fale comigo).
Esquemas desadaptativos remotos
Os esquemas desadaptativos remotos são temas ou padrões persistentes, amplos e difusos, formados por emoções, cognições (ex. memórias) e sensações corporais. Eles são desenvolvidos na infância ou adolescência e persistem ao longo da vida do indivíduo. Eles envolvem as percepções que o indivíduo tem sobre si mesmo, das pessoas e do mundo. Por seres disfuncionais, eles causam problemas nos relacionamentos, família e trabalho. Por mais estranho que pareça, o indivíduo passa grande parte de sua vida evitando, resignando ou hipercompensando os seus esquemas desadaptativos remotos. A autossabotagem e procrastinação estão intimamente relacionadas aos esquemas desadaptativos remotos.
Necessidades emocionais fundamentais
Os esquemas desadaptativos remotos originam-se a partir de experiências de privação ou excessos na infância, sobretudo nas interações entre criança e família. Os seres humanos (bebês) nascem prematuros e precisam desenvolver apegos seguros e saudáveis com seus cuidadores. Afetividade, proteção, aceitação, cuidado, autonomia e limites realistas são exemplos. Porém, as crianças podem ser privadas dessas necessidades emocionais fundamentais ou mesmo supridas em excesso (ex. superproteção). A autossabotagem e procrastinação estão relacionadas as necessidades emocionais fundamentais da infância.
Temperamento e esquemas
As crianças (bebês) nascem com certo temperamento, o que as predispõe a desenvolverem esquemas desadaptativos remotos variados. Por um lado, algumas crianças são ansiosas, obsessivas, passivas, tímidas, distímicas e lábeis. Por outro lado, outras crianças são calmas, distraídas, agressivas, sociáveis, otimistas e não reativas. Esses traços de temperamento são percebidos pelos pais logo nos primeiros anos de vida, pois são influenciados pela biologia. O temperamento e os esquemas estão intimamente relacionados a personalidade do indivíduo.
Estilos de enfrentamento desadaptativos
Os esquemas desadaptativos remotos são ativados por gatilhos, que geram intensas emoções, cognições (ex. memórias) e sensações corporais desagradáveis. Por isso, desde a infância, o indivíduo aprende a evitar, resignar ou hipercompensar o esquema por meio de comportamentos. No entanto, esses comportamentos não curam o esquema desadaptativo remoto, mas apenas os mantêm distantes ou “adormecidos”.
Hipercompensação: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo hipercompensa (luta) para amenizar e reduzir as emoções, memórias e sensações corporais ruins. Ex. Diante o sentimento de inferioridade, o indivíduo busca se supervalorizar, como se fosse o mais bonito, rico e inteligente do mundo.
Evitação: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo evita (foge ou esquiva) para não sentir emoções, memórias e sensações corporais negativas. Ex. Diante o sentimento de abandono, o indivíduo termina um relacionamento amoroso saudável, com desculpas de que prefere ficar sozinho.
Resignação: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo resigna (finge de morto) para não sofrer os efeitos negativos das emoções, memórias e sensações corporais. Ex. Diante o sentimento de abuso, o indivíduo resigna-se permanecendo apático, sem emoções, como se nada pudesse ser feito.
Respostas de enfrentamento desadaptativos
Os estilos de enfrentamento (hipercompensação, resignação e evitação) são classes de respostas comportamentais. Já as respostas de enfrentamento são os comportamentos individuais, que o indivíduo realiza em cada contexto. Cada indivíduo possui em seu repertório comportamental um conjunto de respostas de hipercompensação, resignação e evitação. Todas elas não curam o esquema desadaptativo remoto, mas apenas os mantém distantes ou “adormecidos”. Por mais estranho que pareça, o indivíduo vive grande parte de sua vida autossabotando e procrastinando, para confirmar os seus esquemas desadaptativos remotos.
Modos de esquemas disfuncionais
Os modos de esquemas disfuncionais estão relacionados a estrutura e funcionamento da personalidade do indivíduo: são facetas do “EU”. Uma personalidade saudável é integral, unificada e autônoma, não se cinde, não se “mistura” a outras pessoas e não regride. Os modos de esquemas disfuncionais são revivências na vida adulta de interações socioafetivas ocorridas sobretudo na infância. Em outras palavras, o indivíduo adulto se comporta, no presente, como a criança do passado ou como o cuidador (pai, mãe, etc.).
Modos criança: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo adulto se comporta como a criança vulnerável, zangada, impulsiva ou feliz que foi na infância. Ex. Diante o sentimento de recusa, o indivíduo pode ficar nervoso, brigar e solicitar atenção e cuidados especiais como criança birrenta.
Modos pais disfuncionais: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo adulto se comporta como o pai (maẽ ou cuidador) exigente e punitivo que teve na infância. Ex. Diante o sentimento de erro, o indivíduo pode punir o seu parceiro, assim como o seu pai o punia na infância, quando cometia erros.
Modos enfrentamentos disfuncionais: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo se comporta de forma complacente, protetora ou hipercompensadora. Ex. Diante o sentimento de desespero, o indivíduo procura o seu parceiro para o ajudar, assim como uma criança procura o seu pai para resolver seus problemas.
Modo adulto saudável: diante um gatilho que ativa o esquema desadaptativo remoto, o indivíduo adulto se comporta de forma racional, educada e flexível, sem repetir comportamentos desajustados. Ex. Diante o sentimento de injustiça, ao invés de reagir como criança mimada, o indivíduo para, pensa, raciocina e toma decisões como um adulto saudável.
Exemplo de autossabotagem e procrastinação
Fernanda tem 25 anos, uma menina bonita, inteligente e educada, custou a finalizar a faculdade e não consegue arrumar um namorado (procrastinação). Ela quer casar, ter filhos e constituir família, mas não consegue devido a constante procrastinação e autossabotagem. Por alguma razão desconhecida, sempre acontece algo muito estranho na vida de Fernanda, quando está prestes a conseguir um namorado (autossabotagem).
Por exemplo, Fernanda conheceu, numa festa da faculdade, o Roberto: um rapaz educado, inteligente e amoroso. Eles começaram a ficar e, todos os dias, Roberto mandava mensagens, no WhatsApp, para saber como Fernanda estava. Fernanda achava Roberto muito emotivo e bobo, sem graça, por demonstrar abertamente seus sentimentos. Roberto queria namorar com Fernanda, até a apresentou para amigos e familiares, mas ela não sentia nada por ele e se separou (evitação).
Na mesma época, Fernanda havia conhecido o Mário na faculdade: uma “macho escroto”, que a traia com outras garotas mesmo em sua frente. Fernanda era apaixonada pelo Mário, não conseguia o retirar da mente e até sonhava com ele. Quando Mário não respondia suas mensagens no WhatsApp, Fernanda ficava muito nervosa (modo criança birrenta). Após brigarem e se separarem, Mário pedia desculpas, dizendo que a amava e eles voltavam a ficar (modo pai arrependido). Mário nunca a admitiu como namorada!
Fernanda teve uma infância problemática: seus pais eram separados, pois o seu pai era mulherengo e traia recorrentemente sua mãe (privações emocionais). O seu pai nunca foi presente, não pagava pensão, lhe prometia coisas, não cumpria e não demonstrava sentimentos. Fernanda se lembra nitidamente das épocas do natal, quando seu pai prometia a levar para passear, o que nunca ocorreu. Ela ficava muito nervosa com seu pai, brigava e chorava. No entanto, o pai de Fernanda se desculpava, dizia que a amava, e levava um presente para provar seu carinho. O pai de Fernanda nunca a admitiu como filha!
Enfim, Fernanda possui um esquema desadaptativo remoto de abandono e rejeição originado na infância na relação abusiva com seu pai. Após fazer terapia no WAF Psicologia: Atendimento Online, ela percebeu que seu pai, Mário e outros ficantes eram muito semelhantes. Porém, Fernanda dizia que é muito superior ao Roberto (hipercompensação), que estava apaixonada pelo Ricardo agora (que é muito semelhante ao Mário) (autossabotagem).
Considerações finais
A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) é uma forma eficiente de tratamento da procrastinação e autossabotagem. Os esquemas desadaptativos remotos emergem na infância, sobretudo nas relações familiares, e podem persistir por toda a vida. Eles são grandes fontes de autossabotagem e procrastinação, por operarem de forma inconsciente e automática. Entretanto, infelizmente, a evitação, resignação e hipercompensação impedem as pessoas de se tratarem.
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