Literatura Fantástica: Criatividade e Saúde Mental

Autor: Luiz Paulo Faustini

É de conhecimento comum que ler faz bem para a saúde mental. Ler estimula a criatividade, enriquece o vocabulário, reduz o stress, melhora a concentração, e pode proporcionar conhecimento e momentos de reflexão sobre a vida. Os benefícios são inúmeros, todavia, existe um gênero literário específico que pode contribuir ainda mais para a saúde mental, levando o leitor a lugares mágicos e inexistentes e a realidades alternativas onde tudo funciona diferente, até mesmo as leis da física: o gênero fantástico.

Literatura fantástica

O gênero fantástico é uma ficção com a adição de elementos fantásticos, por isso, pode ser também chamado de ficção fantástica. Ele se divide em três subgêneros principais: a fantasia, o terror e a ficção científica. Desses três subgêneros, a fantasia é a que mais se destaca, principalmente pela popularidade das obras de Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, C.S.Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia e J.K.Rowling, autora de Harry Potter. No Brasil, alguns autores se destacam como Eduardo Sporh, autor de A Batalha do Apocalipse (VERUS Editora), Leonel Caldela, autor da trilogia Tormenta (editora JAMBÔ), e L.P.Faustini, autor da saga Maretenebrae (AVEC Editora).

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Saúde mental e criatividade

O estímulo à criatividade é a principal contribuição das obras de fantasia para saúde mental, já que elas apresentam um mundo imaginário, com criaturas míticas e tramas relativamente complexas, que forçam o leitor a um exercício constante de imaginação e abstração – um desafio a explorar possibilidades além do cotidiano. Tanto esforço imaginativo, leva o leitor à segunda contribuição do gênero literário: prevenir o declínio cognitivo. Afinal, com tantos detalhes, seguir a trama, fazer conexões do enredo e lembrar da aparência de cada criatura mítica em um determinado cenário que só existe nas páginas da obra, é preciso muito foco e concentração, memória e capacidade de raciocínio. Esta fuga saudável do cotidiano, proporcionada pela leitura de fantasia, gera um imediato alívio do stress e redução da ansiedade. Entrar em mundos fictícios e se afastar dos seus problemas, mesmo que por alguns minutos, funciona da mesma forma que uma sessão de ioga para a saúde mental: recarrega as energias mentais, tornando os desafios do mundo real mais encaráveis.

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Empatia, inspiração e motivação

Por fim, no âmbito social, ao se afeiçoar por personagens bem construídos, sejam eles protagonistas, anti-heróis, ou vilões, torcendo pelas suas trajetórias, há um claro desenvolvimento de empatia, no que o leitor experimenta diferentes perspectivas e emoções ligadas ao personagem. É, de certa forma, uma compreensão mais íntima e profunda da natureza humana e gera uma conexão real, embora no âmbito fictício, que pode se estender a relacionamentos não-fictícios.

Acima de tudo, uma obra de fantasia bem construída, que promove histórias de superação, coragem e resiliência, pode inspirar e motivar o leitor a enfrentar seus próprios desafios com mais determinação, principalmente se ele se identificar com o personagem que se supera a cada página. A jornada do herói, comum no gênero, é um enredo que oferece modelos de comportamento e valores que podem ser aplicados na vida real, inspirando ações positivas e construtivas.

Considerações finais

A literatura fantástica vai além do mero entretenimento. É um gênero literário que tem um impacto profundo e positivo na saúde mental de quem o lê. Ao mergulhar em mundos imaginários, encontra-se maneiras de melhorar a realidade, tornando indivíduos mais completos e resilientes. A literatura fantástica amplia a percepção da pessoa, de modo a melhorar sua capacidade de resolver problemas e tomar decisões. Por isso, as relações entre literatura fantástica e Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) são tão importantes no mundo contemporâneo.

AUTOR do artigo: Luiz Paulo Faustini (Instagram).

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