O preconceito e a discriminação são conceitos distorcidos pela engenharia social da linguagem. A forma como esses conceitos são utilizados pelo politicamente correto é completamente deturpada. Ao invés de reduzirem o preconceito e a discriminação, a ideologia progressista os aumenta por meio de conceitos vagos, paradoxos e dissonância cognitiva. Neste artigo de opinião, você aprenderá as definições cognitivo-comportamentais de preconceito e discriminação, e como esses conceitos são manipulados para fins de censura, caos social e subversão revolucionária.
O que é um conceito?
O conceito é uma entidade intersubjetiva e destituída de sensorialidade. Ele é aprendido por meio dos sentidos (raciocínio indutivo) ou da razão (raciocínio dedutivo). Por meio do conceito, diferentes pessoas chegam ao mesmo referente a partir da estrutura da língua. Não é possível compreender o preconceito e a discriminação sem, antes, entender as propriedades do conceito. O conceito, a língua e o mundo (referentes) estão intimamente relacionados.
Por exemplo, imagine um estádio de futebol com milhares de brasileiros. Se eu digo: “Por favor, cada um de vocês, vá lá fora e traga aqui um Pitbull.” Uma pessoa trará um Pitbull macho, outra um fêmea, outra um Pitbull cinza, outra marrom etc. O conceito “Pitbull” é o que permite que diferentes pessoas cheguem ao mesmo referente por meio da expressão linguística. Apesar das diferentes sensorialidades (sexo, cor, etc.), todos trarão um Pitbull.
Se eu digo: “Vá lá fora e traga aqui um cachorro”, uma pessoa trará um Pitbull, outra um Pinscher, outra um Pastor Alemão, outra um Labrador. O conceito “cachorro” abrange diferentes raças e permite a convergência no referente.
Se eu disser: “Traga aqui um animal de estimação”, então alguém trará um gato, outro um cachorro, outro um passarinho, outro uma galinha. O conceito “animal de estimação” é ainda mais abrangente e abstrato, permitindo múltiplos referentes sob uma categoria mais ampla.
Nominal, hiponímia e hiperonímia
Os conceitos de nominal, hiponímia e hiperonímia estabelecem relações semânticas entre si. São relações lógicas e dedutivas, cujas contradições não desaparecem mesmo no contexto.
O hipônimo é o termo mais específico, o hiperônimo é o termo mais geral, e o nominal funciona aqui como uma categoria intermediária.
Exemplo:
Todo Pitbull (hipônimo) é um cachorro (nominal), e todo cachorro é um animal de estimação (hiperônimo).
Essa é uma cadeia de inclusão conceitual. No entanto, o inverso não vale: nem todo animal de estimação é um cachorro, nem todo cachorro é um Pitbull.
Se alguém disser: “Tenho um Pitbull, mas não tenho cachorro nem animal de estimação”, comete uma contradição lógica. Isso viola a estrutura semântica da língua, e tal contradição persiste independentemente do contexto ou intenção comunicativa.
Ambiguidade e vagueza
Ambiguidade e vagueza são dois fenômenos fundamentais na engenharia social da linguagem.
A ambiguidade funciona como uma escada: o sentido muda de um degrau a outro. A vagueza funciona como uma rampa: o sentido é contínuo e impreciso.
Exemplo de ambiguidade:
“Traga a foto de um banco.”
Alguém pode trazer a imagem de um banco de praça, outro de um banco de areia, outro do Banco do Brasil. A mesma palavra leva a diferentes referentes, pois é ambígua.
Exemplo de vagueza:
“Traga um meio de transporte.”
Alguém trará um carro, outro um cavalo, outro um skate. O conceito é vago — não há um critério fixo, e as percepções variam.
Conceito e categorias
O conceito é definido não unicamente pelo que é, mas também pelo que não é. Sem esse duplo exercício conceitual, os conceitos tendem a ficar vagos.
“O que é um Pitbull?” → “O que NÃO é um Pitbull?”
“O que é um cachorro?” → “O que NÃO é um cachorro?”
“O que é um animal de estimação?” → “O que NÃO é um animal de estimação?”
Se as pessoas não diferenciam um Pitbull de um Rottweiler, ou um cachorro de um lobo, ou um animal doméstico de um selvagem, tudo tende a ser percebido como igual. Isso é generalização por falha conceitual, típica da engenharia social da linguagem.
O que é preconceito e discriminação?
Preconceito e discriminação são funções cognitivo-comportamentais normais. O preconceito é uma ideia pré-conceituada, um estágio anterior à formação do conceito. Já a discriminação é a capacidade de diferenciar — o oposto da generalização.
Contudo, esses fenômenos vêm sendo ideologicamente reconstruídos. Por meio da engenharia social da linguagem, conceitos como “preconceito” e “discriminação” têm sido distorcidos para servir a interesses revolucionários, totalitários e autoritários.
Exemplo: “Traga aqui um queijo Canastra.”
- Uma pessoa trará, de fato, o queijo Canastra (acerto);
- Outras trarão: queijo Minas padrão, queijo frescal, provolone (preconceito);
- Salame, presunto, margarina (delírio semântico);
- Uma foto do governador de Minas Gerais (colapso cognitivo);
- Um panfleto antifascista escrito “Fora Zema, queijo opressor de MG” (psicose de massa).
Quando o conceito é vago, entra o preconceito. A ausência de discriminação impede distinguir queijo de requeijão, cachorro de lobo, ofensa de argumento, fascista de conservador. Tudo passa a ser generalizado — efeito direto da engenharia social da linguagem.
Conceito: possibilita que diferentes pessoas cheguem corretamente ao mesmo referente. A percepção da realidade é correta e coerente.
Preconceito: impede que diferentes pessoas cheguem ao mesmo referente. A percepção da realidade é distorcida e inconsistente.
Discriminação: capacidade de diferenciar elementos e/ou categorias. É o oposto da generalização. A percepção da realidade é precisa e analítica.
Ideias etéreas e lavagem cerebral
Ideias etéreas são conceitos vagos que destroem as relações lógico-dedutivas entre os conceitos. Essa é a base da lavagem cerebral: um vírus cognitivo que impede chegar ao referente usando a estrutura da língua (lavagem cerebral).
Exemplo: “Traga a foto de um nazifascista.”
Alguém trará Hitler, outro Stalin, outro Bolsonaro, outro o pai conservador, a professora não grevista. A palavra se torna vaga, permitindo que qualquer pessoa seja vista como “nazifascista”.
Trata-se de uma confusão semântica induzida. A linguagem torna-se delírio coletivo, gerando psicose de massa.
Paradoxo, dissonância cognitiva e psicose de massa
A distorção de “preconceito” e “discriminação” pela engenharia social da linguagem cria um paradoxo semântico, uma dissonância cognitiva que leva à psicose coletiva.
Exemplo:
Os sentidos percebem um cachorro como cachorro. Mas o Estado exige que se chame o cachorro de lobo, sob pena de ser rotulado como preconceituoso e discriminador.
O indivíduo entra em paradoxo:
“Se eu digo que cachorro é cachorro, posso ser preso. Mas se digo ‘au au’, parece ainda mais preconceituoso e discriminador.”
Esse paradoxo destroi o juízo de realidade, altera a percepção e modifica a linguagem. Pessoas passam a ver cachorros como lobos. O que se instala é uma psicose de massa. Pessoas lúcidas tornam-se “perigosas à democracia” por denunciarem a lavagem cerebral.
Outros paradoxos do politicamente correto
O politicamente correto diz para não ser discriminador e, ao mesmo tempo, para não generalizar. No entanto, é logicamente impossível não generalizar sem diferenciar. Por exemplo: se as pessoas não podem distinguir os sabores dos vinhos, naturalmente irão generalizar e massificar todos como “vinho”, perdendo critérios objetivos.
Também diz para não ser preconceituoso, mas ao mesmo tempo impede que as pessoas conceituem. Isso é uma contradição lógica: é impossível evitar o preconceito sem a capacidade de conceituar corretamente. Por exemplo: se as pessoas não podem dizer que um vinho ruim é um “vinho ruim”, acabarão expressando o mesmo julgamento de forma indireta — o preconceito persistirá, mas sem clareza conceitual.
Esses paradoxos tornam o discurso politicamente correto autofágico: destrói os próprios fundamentos da linguagem, bloqueando a diferenciação e anulando o pensamento democrático (livre, crítico, racional, etc). Sem a capacidade de conceituar e discriminar, resta apenas a generalização irracional — o que abre espaço para distorções, censura e manipulação.
Reconhecimento facial, preconceito e discriminação
O reconhecimento facial ilustra com clareza a importância do preconceito e da discriminação como funções cognitivas indispensáveis. Um bom sistema de reconhecimento facial apresenta alta validade e alta precisão científica. A alta validade reduz o risco de viés sistemático, ao passo que a alta precisão, por sua vez, minimiza o viés aleatório.
Na prática, isso significa que o sistema comete menos falsos positivos (identificar erroneamente alguém como sendo outra pessoa) e menos falsos negativos (não reconhecer alguém que deveria ser identificado). Em outras palavras: um sistema eficaz tem alta capacidade de conceituar e discriminar corretamente — ele acerta com maior frequência.subversivo
Da mesma forma, a cognição humana precisa realizar operações semelhantes: pré-julgar com base em padrões (preconceito) e diferenciar categorias e elementos (discriminação). Sem esses mecanismos, tanto o reconhecimento facial quanto o reconhecimento da realidade falham — e a mente entra em colapso diante do caos progressista, revolucionário e subversivo.
Considerações finais
A engenharia social da linguagem não é apenas uma manipulação semântica pontual, mas um mecanismo profundo de censura, caos social e subversão revolucionária. Ao distorcer o idioma português-brasileiro (como os conceitos deturpados de “preconceito” e “discriminação”), subvertem-se também os pensamentos, percepções e valores sociais. As consequências nefastas das ideias etéreas, paradoxos e da dissonância cognitiva são a psicose de massa, a dissociação da consciência e sintomas psicossomáticos. Conheça o WAF Psicologia: Atendimento Online.